Afinal que é compatibilizar?
Compatibilizar é te ajudar a não jogar dinheiro fora!!
E COMPATIBILIZAR O QUE?
Eis a questão! Somente é possível compatibilizar algo que foi definido com antecedência em um projeto, por exemplo, com aquilo que está construindo. Necessário haver os dois momentos.
Se adquiriu um PROJETO FUNCIONAL, se elaborou os PROJETOS COMPLEMENTARES de ARQUITETURA, HIDRÁULICA, ELÉTRICA, MECÂNICA, ESTRUTURA, INTERIORES, etc., etc.. Terá então condição de ter as informações para compatibilizar por exemplo com a contratação da construtora, da instaladora no momento da obra.
Caso contrário não terá nenhuma condição, estará ao “bel prazer” do construtor e do instalador para fazer o que eles queiram. Sabendo ou não que deve ser feito!! dai decorrem várias situações que irei aqui procurar identificar cada uma delas.
Vamos ao exemplo de que você adquiriu seus equipamentos com base no projeto simplificado apresentado por fabricante, revendedor, vendedor, ou qualquer outro que te orientou nesta fase do negócio. Um “projeto”, que é resumidamente apresentado por uma planta, um leaiute.
Também na sequência desta realização e no pensamento de que vai obter ganhos, vem aí um amigo, ou o próprio fornecedor que te indica um construtor para cuidar da obra e das instalações.
Começa a obra e ai surgem necessidades que não eram conhecidas. Aprovar na prefeitura, dar entrada na vigilância sanitária. Isso falando apenas das condições legais do negócio.
A obra continua o mais rápido possível, por outro lado os fornecedores produzindo os equipamentos e mobiliários, sem muita coordenação para evitar contratempos.
Vem ai as primeiras exigências da prefeitura e da vigilância. Largura de corredores, portas, ventilação, rampas, escadas, vestiários e sanitários. Hum ajustes à vista, custos não previstos. Faltou o Projeto detalhado e a compatibilização entre eles.
Vai gastar mais que o previsto! Quanto?
Nestes pontos, os da legalização, apenas profissionais capacitados conseguirão ajudar. Um PROJETO vai ser necessário e com ele o descritivo da construção e da operação. Opa! OPERAÇÃO? Sim OPERAÇÃO, aqui se fazem necessárias todas as explicações de como será feita a operação do negócio, outro profissional se faz necessário para ajudar a consolidar as informações e registrar na vigilância sanitária. Tudo isso para atender as regras da legislação.
Normalmente a obra vai parar ou reduzir o ritmo, então, aquele prazo previsto para finalizar as obras e dar início à operação foi alterado. Seus custos irão aumentar mais uma vez, pagar o aluguel, o seguro e também o reajuste do contrato com a construtora. Vai ter que demolir paredes, abrir novas portas, corrigir as escadas e as rampas. Ufa, esqueci de dizer que os sanitários também serão mudados para atender aos usuários com deficiência.
Vai gastar mais que o previsto! Quanto?
Retomado o ritmo normal das obras, os equipamentos e mobiliários adquiridos e continuaram a ser fabricados, já quase prontos para entrega. Tudo isso aconteceu para assegurar o valor de compra!
O construtor contribuindo para recuperar o tempo perdido, coloca mais colaboradores para executar as obras e instalações. Aquela correria!
Naquela planta (leiaiute) o construtor adquire o quadro elétrico (sem projeto) já instala. Instala também as caixas dágua e rede de esgoto. Rasga as paredes para instalar os pontos de água, elétrica e gás, lembrando que tudo isso sem um PROJETO DETALHADO.
Tudo caminha o mais rápido possível! Revestimentos de piso, parede já sendo assentados e a pressão aumentando para a entrega dos equipamentos e mobiliários. Nesta fase sempre surgem algumas surpresas, como por exemplo descobre-se que a rede de esgoto da rua fica acima dos pontos de coleta do empreendimento, ou que a entrada de energia não é adequada a carga elétrica necessária, ou, que a rede de gás está distante do ponto de conexão. Hum!!!
Se algum destes itens estiverem no seu caminho, sinto muito em dizer que terás problemas à vista. Necessitará de PROJETO COMPLEMENTAR, e COMPATIBILIZAÇÃO TÉCNICA E DE PRAZOS. E o mais relevante, vai atrasar a obra.
Vai gastar mais que o previsto! Quanto?
Solucionado este ou estes percalços e retomado o ritmo, começam a chegar os equipamentos. Forno, mesas, refrigeradores, fogões, fritadeiras, lavadora de louças, caldeirões, frigideiras, etc., etc… Opa também foi entregue a coifa.
E em ritmo acelerado todos os fornecedores se dispõem (nem sempre) a instalar os equipamentos e mobiliário e aí novamente surgem dificuldades por impasses entre a obra, as instalações prediais e equipamentos. Coisas do tipo:
- A parede onde devem ser instalados alguns equipamentos e que tiveram que ser ajustadas para atender a legislação, ou até por falta de espaço, ficou menor e os equipamentos não cabem no espaço e o que fazer?
- O forno adquirido é a gás (precisou ser trocado por falta de energia) e o ponto executado foi para forno elétrico e o ponto de gás não foi executado, o que fazer?
- A mesa com cuba do lado esquerdo foi entregue pelo fornecedor do lado direito. O que fazer?
- A coifa foi instalada e está a espera da instalação dos dutos e do exaustor. Hum estes itens não foram comprados!!! O que fazer? Aqui normalmente somam diversos problemas que falaremos mais abaixo.
- A lavadora de louça precisa de pontos de água, de elétrica e de esgoto. Neste caso todos foram executados em quase conformidade.
Estes exemplos e outros mais podem acontecer e acontecem com muita frequência, o que fazer?
Vai gastar mais que o previsto! Quanto?
Dar responsabilidade a quem não tem responsabilidade é o que normalmente acontece e começam então os dissabores do relacionamento que iniciou de forma positiva e vai se degradando.
Pronto!!! Tudo construído, tudo instalado, vamos “ligar os motores” e ai novamente, algumas surpresas muto recorrentes. O disjuntor de determinado equipamento desliga, o forno e lavadora não param de “vazar” água, as torneiras ficam pingando. Aqui é reflexo “natural” pela falta da COMPATIBILIZAÇÃO. Vai ter custo adicional?
Vai gastar mais que o previsto! Quanto?
Alguns destes itens por vezes gastam mais tempo e aquela data da “abertura” vai precisar ser alterada. Mais custos extras!
Vai gastar mais que o previsto! Quanto?
Finalmente chega o dia da inauguração e todos os equipamentos entram em funcionamento, os clientes chegando, os garçons tirando os pedidos e este pedidos chegado na cozinha!!! Fritadeira à toda preparando os pratos de camarão e eis que vem uma reclamação, aliás duas.
A primeira é sobre o odor (cheiro de fritura do camarão) que vai direto para a janela do morador ao lado;
A segunda que incomoda mais vizinhos é referente ao ruído do exaustor do sistema de exaustão e dos compressores das câmaras frigoríficas.
Impasse!!!
Se chegar à fiscalização, teu restaurante pode ser interditado, e, se isso não acontecer será necessário ajustes.
Vai gastar mais que o previsto! Quanto?
A COMPATIBILIZAÇÃO geral, desde a elaboração do PLANO DE NEGÓCIOS, do PROJETO FUNCIONAL, dos COMPLEMENTARES, ajudariam na redução de custos?